Nos últimos dias, três mulheres que ocupam espaços de liderança em Mato Grosso passaram por situações que mostram, mais uma vez, como a violência política de gênero continua presente no estado.
Em Rondonópolis, a vereadora Dra. Luciana Horta (PL), a mais votada nas eleições de 2024 e possível candidata a deputada estadual pela região, foi alvo de ataques e de exposição de sua vida pessoal em uma matéria que ultrapassa limites de respeito. A ação mostra um processo de perseguição política que aumenta conforme sua atuação ganha mais espaço no estado.
Ainda em Rondonópolis, um servidor público usou as redes sociais para direcionar falas ofensivas à deputada estadual Janaína Riva, que hoje é um dos principais nomes da política estadual e aparece entre os primeiros lugares nas pesquisas ao Senado Federal. O caso mostra como falas agressivas contra mulheres em posições de poder se tornaram comuns.
Em Várzea Grande, a prefeita Flávia Moretti enfrenta tentativas de deslegitimação por parte de alguns vereadores da Câmara Municipal. Os ataques deixam de lado o debate institucional e mostram a resistência de alguns setores em aceitar a presença de mulheres na gestão pública.
Os três casos, no mesmo estado e no mesmo período, reforçam que a violência política de gênero continua sendo um problema que afeta a participação das mulheres na democracia. De vereadora a prefeita, de deputada a possível senadora, as mulheres ainda lidam com ataques e barreiras por ocuparem os espaços que conquistaram pelo voto e pelo trabalho.
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