terça-feira, 21 de outubro de 2025, 14:08
Saúde pública

A saúde vai bem? Só na propaganda da Prefeitura

Fila, falta de médicos e insumos básicos revelam a realidade enfrentada por moradores, em contraste com discurso otimista da gestão municipal.

Por Pedro Pamplona

07 de outubro de 2025, 07:35

A saúde vai bem? Só na propaganda da Prefeitura

Rondonópolis enfrenta um verdadeiro colapso na área da saúde. Nos postos e unidades de atendimento, o que se vê é o sofrimento da população, que precisa madrugar em filas para conseguir uma ficha, enfrenta a falta de médicos e a ausência de insumos básicos. Enquanto isso, a gestão municipal tenta convencer a população de que “a saúde vai bem”, mas a realidade nas unidades de atendimento mostra o contrário.

Nas primeiras horas da manhã, é comum ver dezenas de pessoas aglomeradas em frente aos postos de saúde, muitas delas com crianças no colo e idosos, em busca de uma consulta. O Pronto Atendimento Infantil, que deveria ser referência, tem sido alvo de inúmeras reclamações. Pais relatam que a estrutura do prédio está caótica e que há falta de pediatras suficientes para suprir a demanda crescente.

“O prefeito Cláudio, ao assumir a gestão, disse que iria escolher secretários de acordo com sua experiência na área. Sempre achei que, para estar à frente da saúde, teria que ser uma pessoa experiente, especialista em gestão pública e gestão de saúde, e não alguém formado em Engenharia Civil, como o secretário de saúde Mykaell é formado”, desabafa Camila Linhares, moradora do Amparo. Ela complementa: “O prefeito poderia ter convidado o seu vice, que é médico, Dr. Altermar, ou a vereadora Dra. Luciana Horta, ou ainda o vereador Dr. José Felipe Horta. Mas, na cabeça do prefeito, uma pessoa formada em Engenharia Civil tem a capacidade de cuidar da saúde.”

A escassez de insumos básicos, como seringas, gazes e medicamentos, também agrava o cenário. Profissionais da saúde, sob anonimato, relatam que muitas vezes precisam improvisar para atender os pacientes. “A gente quer trabalhar, mas falta tudo. Faltam condições mínimas”, desabafa uma enfermeira.

Enquanto isso, o discurso oficial da Prefeitura tenta transmitir uma imagem de normalidade, destacando obras, reformas e investimentos. No entanto, a experiência dos moradores desmente a narrativa otimista. “A propaganda diz que a saúde está ótima, mas quem depende do SUS sabe que a situação está cada vez pior”, afirma um paciente.

Com postos sem pediatras, filas intermináveis, medicamentos em falta e estrutura precária, a saúde pública de Rondonópolis parece ter perdido o rumo. A população, cansada de promessas, pede mais ação e menos discurso.

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