Nos primeiros meses de governo, o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), tomou decisões que chamaram a atenção da população. Entre elas, o aumento do salário dele e dos secretários, além de uma proposta para premiar professores, que gerou críticas.
Aumento de salário do prefeito e vereadores
Logo no início do ano, a Câmara Municipal aprovou um aumento nos salários do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores. Com isso, Cláudio Ferreira passou a receber R$ 35,9 mil por mês, um aumento de quase 80% em relação ao valor anterior, que era de R$ 20 mil. Além disso, foi criada uma verba extra para cobrir despesas do cargo, elevando o total mensal para R$ 57 mil. Esse valor supera o salário do governador do estado.
Os vereadores também tiveram aumento. O salário subiu para R$ 16,5 mil em janeiro e passou para R$ 17,3 mil em fevereiro. O vice-prefeito agora recebe R$ 17.950.
A decisão gerou repercussão, e algumas autoridades criticaram o aumento, afirmando que não era o momento ideal para esse tipo de gasto.
Professores questionam proposta de premiação
Outro assunto que gerou debate foi a proposta do prefeito para premiar sete professores da rede municipal com carros zero quilômetro. Segundo Cláudio Ferreira, a ideia é incentivar o bom desempenho dos alunos e valorizar os educadores.
No entanto, o Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur) criticou a iniciativa, argumentando que pode criar competição entre os professores e ignorar a necessidade de valorização para toda a categoria.
Além disso, há questionamentos sobre a falta de investimentos mais amplos na educação, como melhorias nas escolas e nos salários dos professores em geral.
O deputado estadual Thiago Silva (MDB) também se manifestou sobre o aumento salarial do prefeito, considerando o momento inoportuno devido à crise financeira enfrentada pelo município, o que poderia comprometer serviços essenciais como saúde e educação.
Crise na CODER
A Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER) enfrenta uma crise financeira com dívidas superiores a R$ 280 milhões, incluindo tributos e pagamentos a fornecedores. O prefeito Cláudio Ferreira atribui os problemas à gestão anterior.
Os trabalhadores estão sem receber desde janeiro e realizaram paralisações para cobrar os salários e benefícios atrasados. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sispmur) exige um posicionamento da prefeitura.
A administração municipal estuda medidas como reestruturação financeira e renegociação das dívidas para evitar o colapso da empresa e normalizar os pagamentos.
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